Na década de 40, os processos de instrumentação utilizavam sinais de pressão da ordem de 3 a 15 psi para o monitoramento de dispositivos de controle. Já na década de 60, foi introduzida a utilização de um padrão com sinal de 4 a 20 mA para instrumentação. Apesar desse padrão, muitos níveis de sinais, que não atendiam a especificação, foram utilizados para representar a saída de diversos dispositivos. A transição dos sinais pneumáticos para elétricos trouxe muitas vantagens aos sistemas industriais, tais como: redução de ruído, maior facilidade de implantação e manutenção, aumento da confiabilidade, etc.
O desenvolvimento de processadores digitais na década de 70 deu início ao uso de computadores para monitorar e controlar uma série de instrumentos a partir de um ponto central. A natureza específica das tarefas a serem controladas já apontava para a necessidade de que os instrumentos e os métodos de controle seguissem uma padronização.
Na década de 80 os sensores inteligentes começaram a ser desenvolvidos e utilizados em sistemas microcontrolados, que aliavam confiabilidade e rapidez, ao baixo custo.
Esta tendência gerou um movimento nos fóruns internacionais, ISA, (Instrument Society of America), IEC (International Electrotechnical Commission), Profibus (German national standard) e FIP (French national standard), para formar o comitê IEC/ISA SP50 Fieldbus, cujo objetivo seria a criação e especificação de normas e padrões para instrumentação.
O padrão a ser desenvolvido deveria integrar os diferentes tipos de instrumentos de controle, proporcionando uma interface para a operação de diversos dispositivos simultaneamente e um conjunto de protocolos de comunicação para todos eles. Devido a diversidade de produtos e métodos de implementação, o processo de padronização se tornou lento, não permitindo uma solução direta e simples para ser padronizada. Em 1992, dois grandes grupos lideravam o mercado para soluções de interligação de instrumentos de campo:
• ISP (Interoperable Systems Project); • WorldFIP (Factory Instrumentation Protocol);
Ambas possuíam diferentes visões de implementação das redes fieldbus, mas garantiam que iriam alterar seus produtos assim que a norma SP50 estivesse formalizada
Em setembro de 1994, WorldFIP e ISP, juntaram-se criando a Fieldbus Foundation, com o objetivo de acelerar o processo de normalização das redes fieldbus .
Durante diversos anos companhias ao redor do mundo engajaram-se em testar o padrão
Fieldbus em pequenas plantas em funcionamento. O objetivo desta companhias era testar a aplicabilidade do Fieldbus em suas plantas. Esta foi a melhor maneira de visualizar a escala de aplicação do Fieldbus .
A busca pela padronização internacional das redes Fieldbus originou uma guerra mundial para a busca de um padrão. Como tal decisão estava longe de ser alcançada o comitê SP50 decidiu padronizar em apenas 4 níveis a rede Fieldbus.
Atualmente, diversas indústrias já adotam as redes Fieldbus, seja adaptando plantas já existentes, ou mesmo projetando novas plantas inteiramente interligadas segundo os padrões. Muitas pesquisas têm sido feitas no sentido de melhorar ainda mais o padrão, de forma que as discussões estão longe de um fim.
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