O termo código aberto, ou open source em inglês, foi criado pela OSI (Open Source
Initiative) e refere-se a software também conhecido por software livre.
Genericamente trata-se de software que respeita as quatro liberdades
definidas pela Free Software Foundation, compartilhadas também pelo projeto Debian, nomeadamente em
"Debian Free Software Guidelines (DFSG)". Qualquer licença de software livre é também uma licença de código
aberto (Open Source), a diferença entre as duas nomenclaturas reside
essencialmente na sua apresentação. Enquanto a FSF usa o termo
"Software Livre" envolta de um discurso baseado em questões éticas,
direitos e liberdade, a OSI usa o termo "Código Aberto" sob um ponto
de vista puramente técnico, evitando (propositadamente) questões éticas. Esta
nomenclatura e discurso foram cunhados por Eric Raymond e outros fundadores da
OSI com o objetivo de apresentar o software livre a empresas de uma forma mais
comercial evitando o discurso ético.
A história do
movimento Open Source confunde-se com as origens do UNIX, da Internet e da cultura "hacker".
O rótulo
"Open Source" surgiu em uma reunião em fevereiro de 1998. Tal debate juntou personalidades que se tornaram verdadeiras
referências no que diz respeito ao Open
Source, como Todd Anderson, Chris Peterson (Foresight Institute), Jon "Maddog" Hall e Larry Augustin (Linux
International), Sam Ockman (Silicon Valley Linux User's Group) e Eric Raymond.2
Como a diferença
entre os movimentos "Software Livre" e "Código
Aberto" está apenas na argumentação em prol dos mesmos softwares, é comum que esses
grupos se unam em diversas situações ou que sejam citados de uma forma agregadora
através da sigla "FLOSS"
(Free/Libre and Open Source Software).
Os defensores do
movimento Open Source sustentam que não se trata de algo anticapitalista ou anarquista, mas de uma
alternativa ao modelo de negócio para a indústria de software. O modelo
colaborativo de produção intelectual oferece um novo paradigma para o direito de autor. Algumas grandes
empresas como IBM, HP, Intel e Dell também têm
investido no software de código aberto, juntando esforços
para a criação do Open Source
Development Lab (OSDL), instituição
destinada à criação de tecnologias de código
aberto.
DEFINIÇÃO DE OPEN
SOURCE
A definição do Open Source foi criada pela
Open Source Iniciative (OSI) a partir do texto original da Debian Free Software
Guidelines (DFSG) e determina que um programa de código aberto deve garantir:
Distribuição
livre
A licença não deve restringir de nenhuma
maneira a venda ou distribuição do programa gratuitamente, como componente de
outro programa ou não.
Código
fonte
O programa deve incluir seu código fonte e
deve permitir a sua distribuição também na forma compilada. Se o programa não
for distribuído com seu código fonte, deve haver algum meio de se obter o mesmo
seja via rede ou com custo apenas de reprodução. O código deve ser legível e
inteligível por qualquer programador.
Trabalhos
Derivados
A licença deve permitir modificações e
trabalhos derivados, e deve permitir que eles sejam distribuídos sobre os
mesmos termos da licença original.
Integridade
do autor do código fonte
A licença pode restringir o código fonte de
ser distribuído em uma forma modificada apenas se a licença permitir a
distribuição de arquivos patch (de atualização) com o código
fonte para o propósito de modificar o programa no momento de sua construção. A
licença deve explicitamente permitir a distribuição do programa construído a
partir do código fonte modificado. Contudo, a licença pode ainda requerer que
programas derivados tenham um nome ou número de versão diferentes do programa
original.
Não
discriminação contra pessoas ou grupos
A licença não pode ser discriminatória contra
qualquer pessoa ou grupo de pessoas.
Não
discriminação contra áreas de atuação
A licença não deve restringir qualquer pessoa
de usar o programa em um ramo específico de atuação. Por exemplo, ela não deve
proibir que o programa seja usado em um empresa, ou de ser usado para pesquisa
genética.
Distribuição
da Licença
Os direitos associados ao programa devem ser
aplicáveis para todos aqueles cujo o programa é redistribuído, sem a
necessidade da execução de uma licença adicional para estas partes.
Licença
não específica a um produto
Os direitos associados ao programa não devem
depender que o programa seja parte de uma distribuição específica de programas.
Se o programa é extraído desta distribuição e usado ou distribuído dentro dos
termos da licença do programa, todas as partes para quem o programa é
redistribuído devem ter os mesmos direitos que aqueles que são garantidos em
conjunção com a distribuição de programas original.
Licença
não restrinja outros programas
A licença não pode colocar restrições em
outros programas que são distribuídos juntos com o programa licenciado. Isto é,
a licença não pode especificar que todos os programas distribuídos na mesma
mídia de armazenamento sejam programas de código aberto.
Licença
neutra em relação a tecnologia
Nenhuma cláusula da licença pode estabelecer
uma tecnologia individual, estilo ou interface a ser aplicada no programa.
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